domingo, 11 de maio de 2014

Liberação da maconha: PSDB quer Brasil seguindo os passos do Uruguai


Recentemente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso - cabo eleitoral de Aécio Neves, defendeu de forma enfática a descriminalização da cannabis, no modelo que vem sendo discutido no Uruguai. Segundo ele, até pouco tempo, tinha receio em defender abertamente a descriminalização da maconha para não ser estigmatizado. "Não sou nem de longe especialista em drogas, mas no começo eu tinha receio. Entrar nessa seara, para quem está na vida pública, é perigoso, pela associação maliciosa que se pode fazer, pelo estigma. As pessoas podem dizer 'olha, ele está defendendo o uso de drogas'. É sempre arriscado", mas todo mundo já sabe [que proibir] não dá certo", disse FHC. O ex-presidente afirmou ainda que lideranças políticas de peso na América Latina têm a mesma posição, mas não podem assumi-la publicamente. As declarações de FHC foram dadas durante o evento de lançamento da rede Pense Livre, no Itaú Cultural, na avenida Paulista, em São Paulo. O ex-presidente elogiou o mandatário uruguaio José Mujica, que recentemente descriminalizou o uso da maconha no país.
Já o presidente do PSDB Aécio Neves não consegue apagar a pecha de usuário de drogas. Este assunto acabou vindo à tona (mesmo que de forma velada e por meio de brincadeiras em redes sociais) após a apreensão de 450 quilos de cocaína no helicóptero de Gustavo Perrela, aliado político de Aécio. Entre as imagens que circularam em redes sociais e blogs estão montagens de Aécio junto com Gustavo e seu pai, Zezé Perrela. Também circulou uma imagem “de Natal” com os três e “neve branca” ao fundo. Além disso, muitos blogs levantaram a hipótese de participação de Aécio no caso. Outros blogs falam de “casos de overdose” do senador. Mas quem pensa que os boatos são novos se engana. Desde 2006, o boato de que Aécio Neves seria usuário da droga circula na internet. Só que foi em 2009 que a história começou a ganhar força.
Após um artigo escrito pelo ex-colunista Mauro Chaves no Estadão de título “Pó pará, governador” levantou suspeitas de que pessoas simpáticas a Serra estaria fazendo uma chantagem para Aécio desistir da candidatura para presidente em 2010. O texto não fala uma linha sobre o assunto cocaína, mas o título chamou atenção de opositores de Aécio.
Mas se Aécio não é viciado em drogas, porque então ele ingressou com uma ação na justiça de São Paulo contra os sites de busca Google, Yahoo e Bing, da Microsoft, pedindo a remoção de links e perfis em sites de buscas e redes sociais da internet que relacionam seu nome ao uso de entorpecentes?
O certo é que o Brasil poderá seguir o exemplo do Uruguai, caso o PSDB que é controlado por FHC e Aécio ganhe as eleições. 

Estudos indicam que legalização da maconha traz sérios problemas sociais
Recentes estudos coordenados pela OEA têm demonstrado que, em todos os países onde houve algum nível de liberação das drogas, o consumo aumentou notadamente entre os jovens. Nos lugares onde houve maior tolerância com a maconha, seu consumo aumentou em razão da queda no preço do produto, verificando-se, também, um maior consumo de outras drogas perigosas. Este é o caso de Portugal, Áustria, Holanda, Reino Unido, alguns Estados americanos e o Brasil – onde, em 2006, a legislação abrandou a pena para o consumidor.
Embora a psiquiatria brasileira confirme alguns benefícios clínicos pontuais da Cannabis no tratamento de algumas doenças como o glaucoma, faz o alerta quanto aos perigosos efeitos colaterais em longo prazo, tais como: infertilidade, esquizofrenia e outras psicoses, e desagregação social.
Uma pesquisa do Instituto Neurológico de Queensland, na Austrália, estudou mais de 3.801 homens e mulheres nascidos entre 1981 e 1984 e os acompanhou por 21 anos para perguntar-lhes sobre seu uso de maconha, avaliando os pacientes para episódios psicóticos. A conclusão: jovens que fumam maconha por seis anos têm o dobro da probabilidade de sofrer episódios psicóticos, alucinações ou delírios do que pessoas que nunca usaram a droga.
Os efeitos reais sobre os jovens são inevitáveis: aumentando o consumo de maconha, aumentará também a evasão escolar – por confusão mental, diminuição da memória e rebaixamento da inteligência –, a taxa de dependência química de outras drogas, índices de depressão e esquizofrenia.
Se já somos o maior mercado consumidor de crack do mundo e o segundo de cocaína, temos perto de 10 milhões de jovens “nem-nem” (aqueles que nem trabalham, nem estudam), um consumo frenético de Rivotril (ansiolítico, o segundo medicamento mais vendido no país, algo em torno de 14 milhões de caixas/ano), 50 mil estupros e 47 mil homicídios por ano, 58º lugar no ranking de educação no Pisa, queremos ser o maior mercado de maconha, a ilustrar a nossa galeria de medalhas de papelão queimado?
O que se passa no Brasil de hoje já foi diagnosticado por Viktor E. Frankl – psiquiatra austríaco e fundador da logoterapia – em seu livro “Em Busca de Sentido – Um Psicólogo no Campo de Concentração”, em que afirma categoricamente: “há ampla evidência empírica de que as três facetas desta síndrome – depressão, agressão, dependência de drogas – são devidas ao que se chama em logoterapia de ‘o vazio existencial’, um sentimento de vacuidade e de falta de sentido”.
A quem interessa a destruição da família brasileira? A quem interessa o caos social? A quem interessa a falta de sentido?

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