quarta-feira, 30 de julho de 2014

ABRASME realizou o I Encontro Estadual da ABRASME SP. O I Encontro tinha como objetivo fazer um debate sobre os desafios da luta antimanicomial no Estado de São Paulo, aprovar a Comissão Estadual e os Grupos de Trabalho.


Assista o Vídeo do I Encontro Estadual da ABRASME -SP


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No dia 18 de Julho de 2014 a Associação Brasileira de Saúde Mental – ABRASME realizou o I Encontro Estadual da ABRASME SP. O I Encontro tinha como objetivo fazer um debate sobre os desafios da luta antimanicomial no Estado de São Paulo, aprovar a Comissão Estadual e os Grupos de Trabalho.
Com mais de 130 pessoas de diversas regiões do Estado de São Paulo o I Encontro Estadual da ABRASME SP foi um momento singular de recomposição do Campo Antimanicomial no Estado de São Paulo.
O I Encontro teve uma mensagem de apresentação do Dr. Paulo Amarante, que chamou a todos e todas a ajudar na construção da ABRASME SP como um entidade plural do campo antimanicomial.
A mesa de análisa dos Desafios da Saúde Mental no Estado de São Paulo contou com: Rosana Onocko, Silvio Yasui e Antonio Lancetti. A mesa apontou os grandes desafios para afirmar a reforma psiquiátrica e o SUS no Estado de São Paulo, que vive uma tensão permanente, devido as posições anti – SUS e anti- Reforma Psiquiátrica do Governo do Estado de SP Geraldo Alckmin.
Na mesa Rosana Onocko foi enfática:
O velho adágio “a luta continua” nunca foi tão contemporâneo. São Paulo precisa de luta redobrada pois as tentativas de recuar para modalidades retrógradas de cuidado com a saúde mental estão muito presentes. É o estado com o maior numero de leitos em hospitais psiquiátricos.
Os métodos de cuidado das comunidades terapêuticas se pautam pela mesma reclusão e regimes de trabalho escravo, como deixam entrever as recentes denúncias de usuários.
O Ministério da Saúde estimulou pesquisas sobre a saúde mental do ponto de vista da cobertura, implantação das políticas públicas e, com isso, temos muitos dados onde nos amparar. Há problemas, mas também avanços.
A revista Lancet publica indicadores de saúde mental no mundo todo e toma o caso brasileiro como um dos que mostra avanços. Hoje o desafio de trabalhar de forma menos médico-cêntrica é disseminado pelo mundo afora. A política de leitos em hospitais gerais se alastrou. 
Temos rede rica em termos de variabilidade de categorias não médicas.

Saúde mental não é psiquiatria somente.

Os médicos cubanos, cuja formação enfatiza a saúde mental no território, estão assustados com a fragilidade dos laços sociais nestes territórios. Testemunham o vazio de trocas afetivas e sociais, as vidas empobrecidas por falta de compartilhamento.
Rosana saúda a Abrasme em São Paulo e lembra que “se não combatermos, seremos combatidos”.

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