terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Bloqueio do acesso às balsas entre Manga e Matias Cardoso é protesto contra mandado de desapropriação da Fazenda Marilândia


Imagem: Allanderson Santos/Nortícias
### Após 17 anos de ocupação, posseiros ainda esperam que o Incra cumpra promessa de desapropriação
Um grupo formado por cerca de 70 trabalhadores rurais sem terra tentou bloquear o acesso ao porto da travessia do Rio São Francisco entre os municípios de Manga e Matias Cardoso, no extremo Norte de Minas, na manhã desta terça-feira (17). Acompanhados por um carro de som, o grupo reivindicava mais uma suspensão da ordem de despejo do assentamento da Fazenda Marilândia, localizada na localidade conhecida como Baixa Funda, no município de Manga.
O protesto foi pacífico e acompanhado por 15 homens da Polícia Militar. A concentração no porto da balsa, na margem esquerda do rio, começou logo pela manhã, quando os manifestantes tentaram impedir o acesso dos veículos às plataformas das seis balsas que atuam no local por meio do uso de correntes. Enquanto a ação ocorria na cidade, outro grupo de policiais acompanhava um oficial de justiça à sede da Fazenda Maurilândia para notificar os invasores sobre mais uma tentativa de evacuação do local.
Agentes da Polícia Militar a postos na entrada do assentamento Baixa Funda: terceira tentativa de desapropriação (Imagem: Allanderson Santos)
Os sem-terra, ligados ao Comitê de Apoio à Luta pela Terra em Manga, entidade vinculada à Liga dos Camponeses Pobres do Norte de Minas e Bahia, querem que o Incra conclua o processo de criação do assentamento Baixa Funda, no âmbito da Reforma Agrária, com a consequente homologação da desapropriação da Fazenda Maurilândia. Outra reivindicação do grupo, por sinal bem estranha aos conflitos fundiários da região, é a construção da ponte sobre o Rio São Francisco entre Manga e Matias Cardoso.
Antes, teve bloqueio da BR-135

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