quinta-feira, 30 de junho de 2016

Carlinhos Cachoeira é preso em operação contra lavagem de dinheiro

30/06/2016 12:03 
O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na manhã desta quinta-feira (30), no condomínio de luxo em que mora, em Goiânia. O contraventor é um dos alvos da Operação Saqueador, que visa a prender pessoas envolvidas em um esquema de lavagem de R$ 370 milhões desviados dos cofres públicos. O empresário Adir Assad, que já cumpria prisão domiciliar após ter sido condenado a 9 anos e 10 meses na Operação Lava Jato, também foi preso. Assad é suspeito de participar da montagem de empresas de fachada para lavar o dinheiro desviado. Há ainda um mandado para prender Fernando Cavendish, dono da empresa Delta Construções, responsável por diversas obras públicas por meio das quais os R$ 370 milhões foram desviados, segundo o MPF. Um ex-diretor da empresa, Cláudio Abreu, foi preso nesta manhã em outro condomínio de luxo em Goiânia. Por volta das 7h, a PF esteve na casa de Cavendish, que fica na Rua Delfim Moreira, um dos endereços mais caros do Rio de Janeiro, mas não o encontrou. A polícia aguarda um contato do advogado para saber se pode considerar o dono da Delta foragido. O empresário está na Europa desde 22 de junho e a Interpol pode ser acionada para localizá-lo. Também alvo de um mandado de prisão, o empresário Marcelo José Abbud não foi localizado no prédio em que vive, em São Paulo. Segundo a PF, Abbud viajou para o exterior na sexta-feira (24), mas seu advogado afirma que o empresário vai se apresentar às autoridades. O advogado de Cachoeira, Antônio Nabor Bulhões disse que ficou sabendo da prisão no início da manhã, após uma ligação da esposa do cliente, Andressa Mendonça. O advogado informou que irá se inteirar do caso para se pronunciar. Segundo o Ministério Público Federal, dentre os denunciados na Operação Saqueador estão executivos, diretores, tesoureira e conselheiros da Delta, além de proprietários e contadores de empresas fantasmas criadas por Carlinhos Cachoeira, Adir Assad e Marcelo Abbud. As prisões foram autorizadas pelo juiz Marcelo Bretas, titular da sétima vara federal criminal do Rio de Janeiro.

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